Alternativas para o Brasil na crise dos fertilizantes

A solução que vem do mar: Lithothamnium

A busca por alternativas à dependência do Brasil em relação a importação dos fertilizantes pode representar um salto para a agricultura brasileira, uma nova fronteira para a equilíbrio nutricional das plantas. É o que aponta os estudos conduzidos pela Brasil Mineração Oceânica (BMO), que em 2022 lançará em conjunto com o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) um Centro de Referência Tecnológica em Mineração Oceânica.

O desafio de diminuir a dependência de importação de fertilizantes exige uma mudança na estrutura da cadeia de insumos do agronegócio, baseado na bioestimulação e para além do NPK, a utilização de uma grande cadeia de aminoácidos, com destaque para os Oligoelementos, o cálcio (CaO) e o magnésio (MgO) presentes em abundância na Alga Lithothamnium Calcareum, uma alternativa possível em termos de tecnologia e logística, viável economicamente e mais sustentável. Na Europa esse tipo de fertilizante já é uma realidade há mais de 200 anos.

“Nossa visão é voltada ao agronegócio, com um olhar para a enorme expansão no centro oeste, nordeste e norte do país e pela grande demanda de fertilizantes”, destaca Joceli Schiavo, diretor da BMO. “O imenso consumo de fertilizantes a cada ano e a dependência de importação de 85% deste produto de países como Rússia, Bielorrússia, Canadá, Marrocos e outros, levou a BMO a colocar um produto de alta qualidade no Mercado visando mais uma alternativa na cadeia produtiva. O produto com solubilidade acima de 95% e Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT) em 100%, com alta reatividade no solo, faz do Lithothamnium uma fonte viável para o agronegócio capaz de aumentar a produtividade das culturas sem elevar o custo de produção, sem afetar a natureza e usando um produto orgânico”, conclui.

A Reserva de Lithothamnium da Brasil Mineração Oceânica (BMO) é uma das maiores do Mundo, com um ativo de 2,117 bilhões de toneladas do Produto em uma área de 30 mil hectares, com características únicas e qualidade superior em razão da sua localização, a 65 milhas náuticas da costa do nordeste brasileiro, na Plataforma Continental.

Um dos produtores que mais utilizam Lithothamnium no Mundo é o proprietário do Grupo Risa/SA, José Gorgen (Zezão) e um dos maiores produtores de soja e milho do Nordeste com 06 fazendas, 19 filiais e sede no Maranhão. “O Lithothamnium melhora a produtividade, contribui para o equilíbrio nutricional da planta”, destaca. Quanto a dependência do Brasil à importação dos fertilizantes ele revela que é possível aumentar a performance do Agro com a substituição de fertilizantes convencionais pelo Lithothamnium em até 20%.

“Nós fazemos uma substituição de 10%, agregando um produto com resultado para a qualidade da planta e do solo. O Lithothamnium é uma ferramenta importante para o produtor aumentar a produtividade, um diferencial de produtividade inacreditável. E, nesta crise que aí está, a RISA quer passar aos parceiros, aos produtores que querem aderir a essa tecnologia. Queremos compartilhar com todos, para que todos tenham esse incremento de produtividade que nós tivemos”, conclui.

O Lithothamnium deve ser uma das alternativas em novas cadeias de fertilizantes do Plano Nacional de Fertilizantes, que o Governo Federal lança no final desde mês. A Brasil Mineração Oceânica acompanha esse processo e está colaborando para criar uma nova fronteira para a agricultura nacional, com base na produção local de fertilizantes e insumos.

Lithothamnium
É uma alga marinha calcificada, da família das corallinaceas, pertencente ao grupo das algas vermelhas oriundo de depósitos sedimentares de biodetritos de algas calcárias, depositado nas profundezas do litoral brasileiro, na Plataforma Continental, desde a última era glacial. Sua origem é orgânica vegetal e é um potente fertilizante rico em cálcio e magnésio, além de mais de 70 Oligoelementos capazes de melhorar as condições físico químicas aumentando a disponibilidade, de forma natural, de micros e macros nutrientes.

Brasil Mineração Oceânica
Com Sede em São Luís do Maranhão a BMO foi fundada em 2013 por empreendedores do Rio Grande do Sul. Investe em pesquisa e tecnologia para a viabilidade técnica e econômica da mineração em alto-mar. Pretende colocar o Brasil no seleto grupo de países a aproveitar de forma sustentável desde os projetos conceituais, a mais importante e pioneira fronteira da mineração mundial, o fundo dos oceanos que dispõe de uma infinidade de riquezas e recursos. A BMO realiza a explotação e beneficiamento do Lithothamnium voltado à nutrição vegetal, animal e humana. Os produtos industrializados pela BMO, a exemplo dos fertilizantes fazem parte dos esforços do Brasil para a construção do Novo Plano Nacional de Fertilizantes, que prevê a diminuição da dependência de importações deste produto, um dos principais ativos da empresa.

A Brasil Mineração Oceânica é uma das principais clientes da Technical Partner na área do Agro, Comércio Exterior, Arranjo Produtivos Local e reforço na estrutura de capital do seu empreendimento minerário. 

 

 

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